Exames genéticos durante a gravidez são essenciais para identificar anomalias cromossômicas com precisão, segundo a Dra. Thaline Neves.

Anomalias cromossômicas na gestação: veja como os exames detectam síndromes genéticas em fetos

Por Günther Ner 5 Min Read
Exames genéticos durante a gravidez são essenciais para identificar anomalias cromossômicas com precisão, segundo a Dra. Thaline Neves.

Conforme comenta a Dra. Thaline Neves, a gestação é um período repleto de expectativas e cuidados, e a detecção precoce de anomalias cromossômicas é vital para um acompanhamento adequado. Isto posto, exames como a translucência nucal e o teste de DNA fetal livre revolucionaram o rastreamento de síndromes genéticas, oferecendo maior segurança aos pais. Com isso em mente, a seguir, você vai entender como esses exames funcionam, a sua importância e quando são recomendados.

O que são anomalias cromossômicas e por que detectá-las na gestação?

Anomalias cromossômicas são alterações na estrutura ou no número de cromossomos, que podem levar a síndromes genéticas, como Down, Edwards e Patau. De acordo com Thaline Neves, essas condições podem afetar o desenvolvimento fetal e trazer implicações para a saúde do bebê após o nascimento. Logo, a detecção precoce permite que os pais e a equipe médica se preparem, garantindo os cuidados necessários desde os primeiros momentos.

Além disso, identificar essas alterações ainda no pré-natal ajuda a definir estratégias de intervenção, quando possível, e a oferecer suporte emocional e informativo às famílias, como pontua a Dra. Thaline Neves. Inclusive, a medicina fetal avançou significativamente, e hoje existem exames não invasivos e altamente precisos para esse fim.

Como a translucência nucal auxilia na triagem de síndromes genéticas?

A translucência nucal é um exame de ultrassom realizado entre a 11ª e a 13ª semana de gestação, que mede a espessura de um espaço cheio de líquido na nuca do feto. Segundo Thaline Neves, esse exame é um dos principais métodos de rastreamento para síndromes cromossômicas, especialmente a trissomia do 21 (síndrome de Down).

Dra. Thaline Neves explica como testes pré-natais auxiliam na detecção precoce de síndromes genéticas nos fetos.
Dra. Thaline Neves explica como testes pré-natais auxiliam na detecção precoce de síndromes genéticas nos fetos.

Além da medida da translucência nucal, o exame avalia outros marcadores, como o osso nasal e o ducto venoso. Assim, quando combinado com exames de sangue materno, como o PAPP-A e a beta-hCG livre, forma o chamado “teste combinado do primeiro trimestre”, aumentando a precisão da triagem.

O que é o teste de DNA fetal livre e como ele funciona?

O teste de DNA fetal livre é um exame não invasivo que analisa fragmentos do DNA do feto presentes no sangue da mãe. Isto posto, esse método é altamente sensível e pode detectar anomalias cromossômicas com mais de 99% de precisão para a síndrome de Down. Desse modo, ele é recomendado principalmente para gestantes com risco aumentado ou resultados alterados na translucência nucal.

Logo, diferente de exames invasivos, como a amniocentese, o DNA fetal livre não apresenta risco de aborto, sendo uma opção segura e eficaz, conforme frisa a Dra. Thaline Neves. Ele pode ser realizado a partir da 10ª semana de gestação e identifica condições como as trissomias 13, 18 e 21, além de alterações nos cromossomos sexuais.

Quais são os exames invasivos e quando são necessários?

Embora os exames não invasivos sejam preferíveis por sua segurança, em alguns casos, os testes invasivos são necessários para confirmar um diagnóstico. Tendo isso em vista, a já citada amniocentese e a biópsia de vilo corial são os mais comuns, analisando diretamente o material genético do feto. 

Assim sendo, esses exames são indicados quando há alto risco nos testes de triagem ou histórico familiar de doenças genéticas. Contudo, apesar de sua precisão, esses métodos apresentam um pequeno risco de complicações, como perda gestacional. Por isso, a decisão de realizá-los deve ser discutida entre a gestante, sua família e a equipe médica, pesando os benefícios e os riscos.

O diagnóstico precoce e o acompanhamento especializado fazem toda a diferença

Em resumo, a detecção de anomalias cromossômicas durante a gestação evoluiu significativamente, permitindo diagnósticos mais precisos e menos invasivos. Desse modo, exames como a translucência nucal e o DNA fetal livre são ferramentas determinantes para identificar riscos e garantir um acompanhamento adequado. Portanto, se você está grávida ou planejando uma gestação, converse com seu médico sobre os exames disponíveis e as melhores opções para o seu caso.

Autor: Günther Ner

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