Delegado Daniel Trindade

O que é o direito de preferência em contratos de locação imobiliária? Veja mais!

Por Günther Ner 4 Min Read
Delegado Daniel Trindade

Conforme Daniel Trindade, advogado especialista em direito imobiliário, o direito de preferência é um benefício assegurado ao locatário em contratos de locação imobiliária. Essa prerrogativa permite que o inquilino tenha a primeira oportunidade de comprar o imóvel, caso o proprietário decida vendê-lo. Neste artigo, vamos explorar o que é o direito de preferência, como ele deve ser formalizado e quais as condições para que o inquilino possa exercer essa vantagem.

O que é o direito de preferência?

O direito de preferência é uma garantia legal concedida ao locatário, permitindo que ele tenha a primeira oportunidade de adquirir o imóvel que está alugando, caso o proprietário decida vendê-lo. Esse direito está previsto na Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/1991), e seu objetivo é proteger o inquilino, que já tem um vínculo com o imóvel e pode preferir adquiri-lo a ser obrigado a desocupar o local.

Para exercer esse direito, o locatário precisa ser formalmente notificado sobre a intenção de venda. O proprietário deve enviar uma comunicação por escrito, informando o valor de venda e as condições da negociação. Assim, o inquilino tem a chance de adquirir o imóvel nas mesmas condições que seriam oferecidas a terceiros, como enfatiza Daniel Trindade, formado em direito pela Universidade Federal de Roraima (UFRR).

Como funciona a notificação e o prazo para exercer o direito?

Quando o proprietário decide vender o imóvel, ele deve notificar o locatário por escrito, oferecendo a oportunidade de compra. Essa notificação deve conter todas as condições da venda, incluindo o preço e as formas de pagamento. A partir do momento em que recebe a comunicação, o inquilino tem um prazo de 30 dias para manifestar interesse e exercer seu direito de preferência.

Caso o locador não faça a notificação ou venda o imóvel por condições mais vantajosas do que as oferecidas ao locatário, o inquilino tem o direito de recorrer judicialmente para reivindicar a compra do imóvel. Nesse caso, como alude o advogado Daniel Trindade, o inquilino pode exigir que a venda seja anulada, desde que esteja disposto a pagar o valor oferecido ao novo comprador.

Em quais casos o direito de preferência não se aplica?

Embora o direito de preferência seja uma garantia importante, há situações em que ele não se aplica. Se o imóvel for vendido em leilão judicial, por exemplo, o locatário não tem prioridade para comprá-lo. Nessas ocasiões, a venda segue diretamente para a pessoa interessada, sem a necessidade de notificar o locatário, como evidencia Daniel Trindade, que emerge como técnico e perito avaliador em transações imobiliárias.

Outra situação em que o direito de preferência não é exercido é quando o locatário não responde à notificação dentro do prazo estipulado. Se o inquilino não manifestar interesse pela compra em 30 dias, o proprietário pode vender o imóvel para outra pessoa sem a necessidade de consultá-lo novamente.

Negociações transparentes

Em conclusão, o direito de preferência é uma ferramenta importante para proteger os interesses dos locatários em contratos de locação imobiliária. Ele oferece a oportunidade de o inquilino comprar o imóvel que já ocupa, evitando possíveis transtornos com uma mudança forçada. No entanto, é importante que o locador siga corretamente as regras de notificação e que o inquilino esteja atento aos prazos e condições da venda. 

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